O desenvolvimento do plano de ação encontra-se estruturado em diversas tarefas que envolvem diversas atividades

Tarefa 1. Inovação em produtos lácteos

Esta tarefa visa abranger as atividades de inovação ao nível dos produtos lácteos convencionais e não convencionais. Para o caso do requeijão batido com probióticos, embora se tenham já efetuado provas laboratoriais, será também necessário adaptar a tecnologia às condições de produção e efetuar a respetiva prova de conceito.

Para além das entidades do SCTN (IPC/ESAC, ESB/UCP e INIAV), participarão também as 4 empresas do sector dos laticínios envolvidas no consórcio.

Tarefa 2. Desenvolvimento de protótipo de equipamento destinado ao fabrico de requeijão e fracionamento/valorização de sorelho de ovelha e soro de cabra por tecnologias de membranas

T2.1 Desenvolvimento de protótipo de equipamento destinado ao fabrico de requeijão

No sentido de substituir as convencionais “marmitas” usadas no fabrico de requeijão, pretende-se desenvolver um processo semi-contínuo que possa recuperar uma parte significativa da energia utilizada. O desenvolvimento deste equipamento permitirá aproveitar a energia do sorelho aquecido e transferi-la para o soro a processar. Poderá também ser feita uma concentração prévia do soro a processar usando tecnologias de membrana. Deste modo, o volume de soro a processar será bastante reduzido com evidentes vantagens do ponto de vista energético. Estas possibilidades são alternativas que não colocam grandes dificuldades do ponto de vista do desenho dos equipamentos. Estima-se que o equipamento a desenvolver permita reduzir em pelo menos, 50% o consumo energético do processo.

T2.2 Fracionamento/valorização de sorelho de ovelha e soro de cabra por tecnologias de membranas

Esta tarefa visará também encontrar soluções de utilização para o sorelho resultante do processo de fabrico de requeijão, para o soro de origem caprina e para os permeados de UF obtidos na produção de CLPS. Os sólidos destes produtos correspondem quase exclusivamente à lactose e, devido à sua carga orgânica, não podem ser eliminados diretamente no ambiente. Existem diversos trabalhos que referem a utilização destes produtos como substrato para a produção de etanol mas, por norma, é referido o baixo rendimento do processo. As soluções a desenvolver poderão passar pela sua prévia concentração por nanofiltração/osmose inversa e subsequente utilização como matéria-prima para a produção de etanol, oligosacarídeos ou para a produção de bebidas lácteas fermentadas. Acresce que, quer a partir do sorelho quer dos permeados de UF (resultantes da concentração do soro para obtenção de CLPS) poderão ainda ser recuperados isolados proteicos com atividade biológica. Estas frações poderão ser recuperadas por nanofiltração (NF) e poderão ter potencial aplicação na indústria alimentar em geral e na de lacticínios em particular (nomeadamente ao nível de revestimentos ou películas comestíveis).

Tarefa 3. Divulgação de resultados e ações de demonstração

Esta tarefa envolve todos os participantes e será iniciada logo após o início das atividades do grupo operacional. Serão criados um website e uma página do facebook. Serão também publicados artigos técnicos nos boletins periódicos das associações do setor, para divulgação pelos seus sócios e empresas. Está prevista a realização de 2 workshops de divulgação das atividades desenvolvidas que deverão decorrer nos meses 15 e 34. Para além disso, o IPC/ESAC possui já uma oficina tecnológica de laticínios (OTL) totalmente equipada, que tem também instalada uma linha de concentração de soro por UF e produção de CLPS. Esta linha estará disponível para a realização de ações de demonstração direcionadas às empresas do setor. As entidades do SCTN participarão também em congressos da especialidade com vista a divulgação pela comunidade científica dos resultados alcançados. Serão ainda implementados 3 grupos focais de inovação e serão organizadas diversas reuniões B2B entre empresas e entidades do SCTN com vista à resolução de problemas específicos das empresas. Serão produzidos cadernos de especificações associados às boas práticas de fabrico dos novos produtos desenvolvidos no âmbito do GO e que terão ampla divulgação sem quaisquer restrições. Serão elaborados relatórios anuais do projeto que compilarão os resultados alcançados, e servirão de base para a monitorização do mesmo. Estes estarão disponíveis na página web do projeto para informação e consulta por toda a comunidade. Finalmente, os progressos e resultados do projeto a desenvolver terão ampla e permanente divulgação, nomeadamente na plataforma da Rede Rural Nacional.

Tarefa 4. Acompanhamento e avaliação

O GO dispõe de uma comissão de acompanhamento e avaliação que efetuará 6 reuniões ao longo do período de execução do projeto. Este grupo fará uma avaliação semestral do grau de execução técnico-científica e financeira do projeto, reportando desvio e propondo correções. Assim, apesar da gestão financeira ser efetuada de forma independente por cada um dos parceiros, as reuniões da comissão de acompanhamento permitirão construir uma visão global do grau de execução do projeto.